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Eduardo Braga anuncia diálogo com iniciativa privada

Ministro também comentou os escândalos que afetam a Petrobras, mas foi cauteloso e preferiu exaltar a empresa e separá-la dos envolvidos na Operação Lava Jato


	Eduardo Braga: ministro disse que não acredita que o país esteja à beira de uma crise energética
 (Agência Brasil)

Eduardo Braga: ministro disse que não acredita que o país esteja à beira de uma crise energética (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 13h09.

Brasília - O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, recebeu hoje (2) o cargo de seu antecessor, Edison Lobão. Em discurso, Braga destacou a importância do diálogo entre governo e iniciativa privada.

“Quero manter um diálogo construtivo com os representantes do setor privado, em especial os investidores, com o propósito de construir um ambiente propício aos investimentos. Precisamos valorizar cada vez mais a parceria entre o governo e os empresários”.

Braga também comentou os escândalos que afetam a Petrobras, empresa vinculada ao ministério, mas foi cauteloso e preferiu exaltar a empresa e separá-la dos envolvidos na Operação Lava Jato.

“Creio que a Petrobras tem dado resposta aos órgãos de fiscalização com absoluta transparência. É preciso que se investigue, que os possíveis culpados, após seu amplo direito de defesa, possam ser condenados. Mas não podemos confundir isso com a Petrobras, ela é maior que tudo isso. O que precisamos é fortalecer e aprimorar a governança na Petrobras”, avaliou.

Para ele, o envolvimento de grandes empresas nas investigações da Polícia Federal não deve esvaziar os leilões de usinas hidrelétricas previstas para 2015.

“É preciso entender que nesse momento de dificuldades é que surgem grandes oportunidades para novos investidores. O que queremos deixar muito claro é que queremos um diálogo franco, ampliado com o setor privado”.

Braga disse que não acredita que o país esteja à beira de uma crise energética, mas adianta que ainda precisa de informações mais detalhadas sobre a situação do setor elétrico.

“Já ficou claro que nosso sistema elétrico é robusto, o problema é saber quanto ele custa. Não vejo, sinceramente, como engenheiro eletricista e gestor público, que estejamos diante de um risco iminente. É claro que nós estamos coletando dados e informações para que possamos ter dados mais precisos e detalhados”.

A cerimônia teve a presença de figuras importantes do seu partido, o PMDB.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, e o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, compuseram a mesa durante a transmissão de cargo.

O agora ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fez elogios a seu sucessor e, se despedindo do cargo, disse que trabalhará pelo fortalecimento do setor elétrico na volta ao Senado.

“Senador da república, eleito pelo povo do Maranhão, retomo o meu mandato, do qual me licenciara, para continuar defendendo as causas de interesse do Brasil.”

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