Eduardo Bolsonaro: ele substituí o senador Major Olímpio, que alegou falta de tempo e renunciou ao cargo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 2 de maio de 2019 às 11h00.
Última atualização em 2 de maio de 2019 às 11h00.
São Paulo — O deputado federal Eduardo Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (1) que assumiu a presidência do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, em São Paulo. Ele substituí o senador Major Olímpio, que alegou falta de tempo e renunciou ao cargo.
Em publicação no Instagram, o parlamentar afirmou que suas missões terão foco nas eleições para a prefeitura de São Paulo em 2020, pendências do partido no Justiça Eleitoral e filtro de filiados.
"Ciente de que a missão do partido é proporcionar que pessoas identificadas com as bandeiras conservadoras e de economia liberal tenham a chance de fazer política de dentro dos poderes legislativo e executivo. Quem escolhe os representantes é a sociedade, não o partido", escreveu Eduardo.
Depois de saltar da condição de nanico para o maior partido da Câmara dos Deputados, o PSL já anunciou alguns potenciais candidatos à Prefeitura de São Paulo. A expectativa é que, nos próximos meses, a sigla promova debates internos para definir o nome que representará o partido.
Por enquanto, foram citados a deputada e líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, a deputada estadual Janaína Pascoal e o apresentador José Luiz Datena, que recebeu um convite para se filiar ao partido.
Além de atuar em seu mandato e, agora, gerenciar o PSL, Eduardo Bolsonaro também é visto como uma espécie de chanceler paralelo.
O filho “zero três” do presidente Jair Bolsonaro faz visitas precursoras a países alinhados e divide informalmente com o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a guinada da política externa para o eixo de nações governadas pela direita.
Depois de um primeiro mandato na Câmara marcado pela defesa da liberação de armas e declarações consideradas polêmicas sobre o Judiciário e o Ministério Público, Eduardo diversificou sua atuação.
Hoje, tem uma rotina intensa de encontros com embaixadores estrangeiros no Brasil, mas garante que o jogo é combinado com Araújo, embora cada um defina livremente sua agenda.
“É um papel complementar. Quem toma a decisão é ele”, disse o deputado. “Eu sou próximo do embaixador. Se tem alguma coisa referente ao Executivo, passo para ele”, emendou.
(Com Estadão Conteúdo)