Edinho Silva: "é um momento de turbulência e um momento de ajustes" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2015 às 14h35.
Brasília - O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse nesta terça-feira após tomar posse que o governo está num momento de "turbulência e ajustes" e que é preciso estabelecer um "diálogo franco" com a sociedade para explicar o que está acontecendo.
Edinho afirmou ainda que o governo precisa valorizar a comunicação do cotidiano e não privilegiar as campanhas de publicidade institucionais.
"A presidenta já conduziu o governo em outros momentos difíceis", disse o novo ministro aos jornalistas após sua posse ao ser questionado sobre as dificuldades políticas enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff no Congresso.
"É um governo que tem uma folha de serviços prestados à sociedade e tem todas as condições de dialogar com a sociedade e mostrar que esse momento que estamos vivendo, é inegável, que é um momento de turbulência e um momento de ajustes", disse.
"O que nós precisamos nesse momento é efetivamente estabelecer um diálogo franco com a sociedade", argumentou Edinho.
Petista e tesoureiro da campanha da reeleição de Dilma, o novo ministro é visto por colegas de partido como uma virada na comunicação do governo e no destino das verbas publicitárias da pasta.
Para o PT, o governo deveria destinar mais recursos para a mídia digital, incluindo blogs considerados progressistas.
Edinho, porém, afirmou que adotará "critérios objetivos" para distribuição das verbas de publicidade.
"Serei um gestor extremamente zeloso para garantir a boa utilização dos recursos públicos e otimizar a gestão orçamentária para que os recursos cheguem ao maior número de veículos", afirmou.
"O ministério tem paradigmas adotados para impedir qualquer ação que se aproxime da pessoalidade, são ações republicanas", prosseguiu.
O novo ministro afirmou ainda que o governo precisa melhorar sua relação com os órgãos de imprensa e que na sua gestão a comunicação não será omissa.
Questionado sobre a necessidade da escolha de um novo porta-voz para a presidente, Edinho disse que ainda não definiu isso com Dilma, mas não descartou a possibilidade.
O novo ministro assume o cargo no lugar do jornalista Thomas Traumann, que deixou o posto após o vazamento de um documento que apontava um "caos político" no governo e comunicação "errada e errática". O documento é creditado à Secom.