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É inaceitável ver helicóptero atirando, diz diretor de ONG na Maré

A ação da polícia resultou na morte de seis pessoas. Um adolescente de 14 anos foi baleado na barriga e está internado em um hospital

Complexo da Maré: diretor da ONG disse ainda que os tiros foram disparados próximo a uma escola (Getty/Getty Images)

Complexo da Maré: diretor da ONG disse ainda que os tiros foram disparados próximo a uma escola (Getty/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de junho de 2018 às 19h23.

O diretor da organização Luta Pela Paz, Luke Downdney, criticou hoje (20) operação da Polícia Civil contra o crime organizado, no Complexo da Maré. Durante a ação, os agentes usaram um helicóptero e dispararam tiros de fuzil contra a comunidade.

"É inaceitável e repugnante ver um helicóptero atirando em uma comunidade cheia de pessoas inocentes que não tem nada a ver com a violência que ocorre diariamente nas comunidades do Rio", disse Downdney em sua conta no Facebook.

A ação da polícia resultou na morte de seis pessoas. Um adolescente de 14 anos foi baleado na barriga e está internado em um hospital da rede de saúde estadual.

O diretor da ONG disse ainda que os tiros foram disparados próximo a uma escola.

"Acabei de testemunhar muitas mães com medo, correndo para a escola. Vocês podem imaginar seus filhos em uma escola, em uma creche, com um helicóptero atirando de bala de fuzil em cima deles? Como vocês se sentiriam? Como é aceitável que isso ocorra em uma comunidade do Rio de Janeiro hoje em dia", questionou Luke Dowdney.

Moradores relataram desde cedo, nas redes sociais, que o helicóptero blindado da Polícia Civil que dava apoio à operação para cumprir mandados de prisão no Complexo da Maré dava voos rasantes e os policiais da aeronave davam rajadas de tiros.

A Agência Brasil procurou a Polícia Civil para comentar as críticas, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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