O deputado federal José Guimarães (PT): "Não podemos nos pautar só pelo que apareceu nas ruas. Estamos sintonizados com o país, e não apenas com os que foram às ruas", disse (Pedro França/Agência Câmara)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 14h00.
Brasília - O líder do PT na Câmara, José Guimarães, admitiu nesta quinta-feira que é "muito difícil" realizar um plebiscito neste ano para fazer a reforma política. Após participar de uma reunião com o vice-presidente Michel Temer, ministros e líderes da base aliada, no Palácio do Jaburu, Guimarães afirmou que existem "problemas técnicos" para que a consulta popular ocorra até outubro.
"Mesmo assim, o importante é que houve uma manifestação política de apoio ao plebiscito", argumentou o líder do PT na Câmara.
Ao comentar a crítica feita pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), para quem o problema do governo Dilma não é de consulta popular, mas de "falta de gestão", Guimarães minimizou a polêmica.
"São vozes isoladas na bancada", reagiu o deputado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta, Devanir disse que "ninguém pediu o plebiscito" nos protestos das ruas. Já o deputado Geraldo Magela (PT-DF) avaliou que o plebiscito deve ser facultativo porque ninguém pode ser obrigado a votar "sem convicção".
"Não podemos nos pautar só pelo que apareceu nas ruas. Estamos sintonizados com o País, e não apenas com os que foram às ruas. A reforma é essencial para mudar o sistema político brasileiro", insistiu Guimarães.