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Durante posse na PGR, Aras elogia Moro e Lava Jato

Em um trecho mais pessoal de seu discurso, Augusto Aras disse que vivia um momento "indizível" e assumia posto sobre a "proteção de Deus"

Augusto Aras: "Sobre a proteção de Deus, assumo nessa cerimônia o comando da PGR" (Roberto Jayme/TSE/Agência Brasil)

Augusto Aras: "Sobre a proteção de Deus, assumo nessa cerimônia o comando da PGR" (Roberto Jayme/TSE/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 12h14.

São Paulo — Em discurso durante a celebração de sua posse, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que o Ministério Público deve ter autonomia e independência. Aras citou o enfrentamento à corrupção como uma prioridade, além de elogiar procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

"As operações, em especial a Lava Jato, trouxeram as práticas condenadas frutos de modelos de governança de séculos. O ministro Sergio Moro aqui presente, procuradores de São Paulo, Curitiba, Rio e vários Estados sempre serão lembrados pela coragem com que desempenharam suas funções", disse Aras nesta quarta-feira, 2.

As condutas de procuradores do Paraná e do juiz Sergio Moro são questionadas por réus da Lava Jato, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alegou parcialidade na acusação e usou nos argumentos trocas de mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil - cuja autenticidade não é reconhecida por procuradores e por Moro.

Augusto Aras disse também que a PGR "vai continuar no enfrentamento de todo tipo de criminalidade, macro ou mínima". Além disso, ressaltou a sua "disposição para contribuir para que o País seja elevado ao status que merece, com todos os valores, direitos e garantias fundamentais, respeito ao meio ambiente e às minorias".

Em um trecho mais pessoal de seu discurso, que foi escrito previamente, mas teve improvisos, Augusto Aras disse que vivia um momento "indizível". "Sobre a proteção de Deus, assumo nessa cerimônia o comando da PGR", disse. E afirmou ter "certeza de não trair, não desertar e não me render no cumprimento dos sagrados deveres da nossa pátria e dos seus cidadãos".

"Sou descendente de obstinados sertanejos de Canudos e, por isso me sinto fortalecido", disse, citando também a busca pelo "espírito iluminado de Caxias, para fazer o País dos nossos sonhos, com desenvolvimento social, econômico e justiça, para que todos tenham vida em abundância e plenitude".

Além de Aras, o presidente Jair Bolsonaro discursou e elogiou o nome que escolheu para comandar a PGR. "Confesso, Aras, que foi amor à primeira vista", disse.

Na mesa do auditório da PGR, ladearam Augusto Aras os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), bem como os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Também compareceram ao auditório ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas da União e chefes de conselhos e autarquias.

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