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Drauzio Varella nega que vai ajudar Doria na Cracolândia

Em vídeo, Drauzio diz que não recebeu convite para assessorar os governos estadual e municipal nessa questão. E se tivesse recebido, não aceitaria

Dráuzio Varella (Dráuzio Varella/Divulgação)

Dráuzio Varella (Dráuzio Varella/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2017 às 17h35.

Última atualização em 30 de maio de 2017 às 21h49.

São Paulo - Em post publicado nas redes sociais no início da noite desta terça-feira, o médico Drauzio Varella negou que fará parte de um comitê para assessorar os programas estadual e municipal na região conhecida como Cracolândia.

O médico afirma que, em encontro com o secretário estadual da Saúde, David Uip, teria sugerido ideias para resolver o problema, mas que não teria recebido convite para integrar um comitê e tampouco teria aceitado.

"Não recebi convite formal para fazer parte de um comitê com essas funções. Caso recebesse, não aceitaria: não tenho preparo técnico nem tempo livre para um trabalho dessa natureza", afirmou em vídeo. "Para colaborar com sugestões, estou à inteira disposição. Fazer parte de um comitê oficial, não. Não tenho a menor condição".

 

Segundo reportagem da agência Estadão Conteúdo publicada anteriormente em EXAME.com, "os médicos Anthony Wong, Drauzio Varella e Wagner Gattaz teriam sido os três nomes escolhidos pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura para formar um "comitê de notáveis" que iria assessorar os programas estadual Recomeço e municipal Redenção no combate ao uso de drogas, com foco inicial na região da Nova Luz, no centro da capital paulista. O Comitê Superior de Saúde vai acompanhar e auditar as ações governamentais na Cracolândia".

Internação forçada

Nesta segunda-feira, 29, o prefeito João Doria (PSDB) nomeou o psiquiatra Arthur Guerra para o comando do Redenção. Ao assumir o cargo, o especialista sugeriu que a gestão municipal desistisse da autorização judicial para avaliação médica forçada e que aproveitasse o modelo de internações adotado pelo Estado no Recomeço.

Embora a hospitalização forçada já esteja prevista na legislação federal e venha sendo adotada pelo governo estadual há quatro anos em casos excepcionais, a Prefeitura criou polêmica ao entrar com pedido na Justiça para que a autorizasse a fazer busca e apreensão de usuários de drogas nas ruas para avaliação médica sem aval caso a caso.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, determinou a extinção do pedido da Prefeitura. O TJ-SP acolheu pedido de recurso da Defensoria Pública e do Ministério Público Estadual (MPE), que destacaram que uma ação municipal do tipo poderia levar a uma "caçada humana".

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