PM: os soldados estavam detidos temporariamente desde o dia 30 de janeiro (Wikimedia Commons/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 15h32.
Doze policiais militares foram presos preventivamente por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas na região do batalhão onde atuavam, na Zona Sul de São Paulo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou hoje (15) que todos permanecem presos no presídio militar Romão Gomes e responderão a processo administrativo que pode acarretar na expulsão da corporação.
Dois desses policiais, soldados, foram pegos em flagrante por agentes da Corregedoria da PM, que encontraram duas latas de cerveja e uma mala com drogas dentro da viatura que eles ocupavam.
Os soldados estavam detidos temporariamente desde o dia 30 de janeiro.
Após a prisão dos dois, e com informações obtidas a partir de ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial, no último dia 9 ocorreram as prisões preventivas de outros dez policiais - inclusive cabos e um sargento - e também cumprimento de mandados de busca e apreensão contra eles.
Os dois soldados já detidos tiveram a prisão temporária convertida em preventiva. Todos são da 3ª Companhia do 50º Batalhão da PM, no Grajaú, e tiveram as armas apreendidas.
Segundo a Ouvidoria da PM, a Corregedoria da corporação estava investigando o caso há cerca de quatro meses. "É um fato histórico, é difícil acontecer uma prisão tão significativa dessa", disse o ouvidor Julio Cesar Neves.
Para ele, o trabalho da órgão foi determinante para a prisão dos PMs. "Temos que parabenizar a Corregedoria e a Justiça Militar pela atuação firme nesse caso". Ele acredita que os suspeitos poderão ser expulsos da PM.
Segundo informações da Justiça Militar, além do envolvimento com o tráfico de drogas, os policiais são investigados por suspeita de terem cometido crimes de corrupção passiva, concussão, extorsão mediante sequestro e peculato durante o serviço.
A prisão preventiva dos 12 foi decretada para garantir a ordem pública, "diante da periculosidade dos acusados", informa a decisão judicial.
A Agência Brasil procurou o advogado dos suspeitos, João Carlos Campanini, mas até o momento não conseguiu contato.