O senador Francisco Dornelles: expectativa é que o plenário da Casa decida no dia seguinte ao encontro da CCJ o destino das CPIs (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 16h41.
Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), escolheu nesta sexta-feira, 4, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para relatar os recursos que questionam a abrangência da CPI da Petrobras.
A comissão vai se reunir extraordinariamente na próxima terça-feira para apreciar as questões de ordem apresentadas por base e oposição sobre a comissão. A expectativa é que o plenário da Casa decida no dia seguinte ao encontro da CCJ o destino das CPIs.
A senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um pedido para impugnar a CPI apresentada pela oposição na última terça-feira por ausência de fato determinado.
A alegação de Gleisi era de os oposicionistas não poderiam incluir quatro fatos que envolvem a estatal em um único requerimento.
Ao mesmo tempo, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), também questionou a CPI apresentada pela base aliada, que, além de copiar o pedido de CPI da oposição, pediu a apuração de casos referentes ao PSDB, de Aécio Neves, e ao PSB, de Eduardo Campos. O presidente do Senado negou os dois recursos, mas, por conta própria, encaminhou os pedidos para análise da CCJ.
Vital do Rêgo disse que está contente com a escolha, após sondar líderes partidários. "Eu tenho tranquilidade com a condução dele", afirmou. A reportagem procurou Dornelles, mas não teve sucesso.
Ex-presidente do PP, Dornelles não assinou a nenhum dos quatro pedidos de CPIs. No PP do Senado, apenas subscreveram os requerimentos Ana Amélia (RS) e Ivo Cassol (RO) nos pedidos apresentados pela oposição e pela base, respectivamente.