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Doria vai anunciar hoje novas medidas de restrição em São Paulo

O estado de São Paulo vive o pior momento da pandemia. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 89,9%

No momento, São Paulo está na chamada Fase Emergencial (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

No momento, São Paulo está na chamada Fase Emergencial (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2021 às 10h29.

Última atualização em 17 de março de 2021 às 10h51.

O governo do Estado de São Paulo anunciará nesta quarta-feira novas restrições para tentar frear a disseminação do coronavírus no Estado, disse o governador João Doria, em entrevista coletiva para marcar a entrega de um novo lote de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, ao Ministério da Saúde.

"Hoje o Centro de Contingência tem uma reunião pela manhã, essa reunião deve terminar por volta de 11h, 11h30 temos a reunião preparatória para a coletiva, e na coletiva anunciaremos quais serão as medidas adicionais que certamente terão que ser adotadas. Estamos diante de um quadro gravíssimo, dramático", disse o governador.

Na terça-feira, São Paulo registrou o recorde diário de mortes pela Covid-19, com 679 em 24 horas. A ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva no Estado é de 89,9%, de acordo com dados da Secretaria de Saúde estadual.

No momento, o Estado está na chamada Fase Emergencial de seu plano de quarentena contra a Covid-19, na qual estão suspensos cultos religiosos, atividades esportivas coletivas --como jogos de futebol--, além da permissão do funcionamento somente de estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados e farmácias. Bares, shoppings e restaurantes ficam fechados, assim como lojas de material de construção. Também há restrição à circulação entre 20h e 5h em todo Estado.

Doria participou nesta manhã da entrega de um novo lote de 2 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, o que leva para 22,6 milhões o total de doses entregues pelo Instituto Butantan, que está envasando a CoronaVac no Brasil, ao PNI.

O governador afirmou que o Butantan não deve ter problemas com a chegada de novos lotes do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, importado da China e necessário para que o Butantan envase o imunizante.

"Nós receberemos na próxima semana mais insumos, até o presente momento os insumos programados para chegar estão escalados para permitir a produção e a entrega do compromisso do governo de São Paulo e do Butantan de 46 milhões de doses da vacina até 30 de abril", disse.

"Até o presente momento, sob controle a chegada de novos insumos e a produção de mais vacinas para o Brasil."

O contrato do Butantan com o ministério prevê, além das 46 milhões de doses até abril, mais 54 milhões de doses até o final de setembro, cuja entrega o instituto promete antecipar para agosto.

Também há tratativas para um lote adicional de 30 milhões de doses, que seriam entregues entre outubro e dezembro pelo Butantan à pasta.

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