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Doria reduz repasse da Prefeitura para desfiles da SPFW em 37%

O evento começa na próxima segunda-feira, 13, no prédio do Bienal do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital

SPFW: valor repassado este ano será metade do montante de 2015 (Nacho Doce/Reuters)

SPFW: valor repassado este ano será metade do montante de 2015 (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2017 às 13h33.

São Paulo - Em meio ao corte de gastos que atinge até áreas sociais como saúde e educação, a gestão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu reduzir também o valor do repasse da Prefeitura para a realização da São Paulo Fashion Week (SPFW) neste ano. O evento começa na próxima segunda-feira, 13, no prédio do Bienal do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital.

Doria autorizou um único aporte de R$ 3,5 milhões como apoio institucional da Prefeitura à semana da moda paulistana, que ocorre anualmente na capital em duas edições, uma no primeiro e outra no segundo semestre com as coleções primavera/verão e outono/inverno.

O valor é 37,5% menor do que os R$ 5,6 milhões repassados à SPFW no ano passado como patrocínio pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Em 2016, o apoio foi feito com duas transferências de R$ 2,8 milhões, uma para cada edição daquele ano.

Se comparado com os repasses feitos em 2015, de R$ 7 milhões, o apoio com verba pública da Prefeitura à SPFW neste ano cairá pela metade.

Segundo a gestão Doria, apesar da redução do patrocínio, a exposição da Prefeitura nos dias de evento será ampliada nesta edição.

O termo de fomento que define o patrocínio público à SPFW é assinado com o Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod), organizador da semana da moda paulistana.

Segundo a Prefeitura, o evento movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão na cidade, parte dele resultante do público nacional e internacional calculado em 38 mil turistas que gastam cerca de R$ 85 milhões no município.

Cortes

Doria assumiu a Prefeitura em janeiro deste ano com um discurso de austeridade nos gastos públicos, como redução de 15% no valor de todos os contratos e 30% no número de cargos comissionados.

Os cortes, contudo, atingiram também as áreas sociais, como saúde e educação, que tiveram R$ 2,6 bilhões do orçamento congelados pelo tucano.

O prefeito também já anunciou a redução de mais de 50% no número de crianças atendidas pelo programa de distribuição de leite da Prefeitura, que cairá de 916 mil para 413 mil, e também no total de alunos beneficiados com o transporte escolar gratuito.

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