JOÃO DORIA: Maioria dos secretários do prefeito eleito é diretamente ligada ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) / Rodrigo Paiva/ Reuters
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2016 às 06h42.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.
Doria, o negociador
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, João Doria, prefeito eleito de São Paulo, vai apelar para a amizade com Elie Horn, da Cyrela, para resolver o impasse de um terreno na região central de São Paulo. A construtora, dona do espaço junto com a Setin, quer lançar um empreendimento no local, mas a prefeitura tenta comprar o espaço para abri-lo ao público. A prefeitura oferece 73 milhões de reais, o que seria um valor abaixo do mercado e, portanto, desvantajoso para a Cyrela.
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Máfia da Merenda
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira revela que o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo de Geraldo Alckmin recebeu acima do teto constitucional durante o ano de 2015. Luiz Roberto do Santos, mais conhecido como Moita, é suspeito de desvios na merenda escolar. Moita, ao ser exonerado do cargo pelo envolvimento no caso, foi dispensado de devolver os valores pagos indevidamente. O governo diz que está revendo a decisão.
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Jean Wyllys
O Conselho de Ética da Câmara abriu na terça-feira um processo contra o deputado Jean Wyllys (PSOL). Será avaliada a famosa cusparada do deputado baiano em Jair Bolsonaro (PSC), acontecida na abertura do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
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Cunha segue para Moro
O STF decidiu na noite de terça-feira que o processo sobre as contas na Suíça do ex-deputado Eduardo Cunha sigam para o juíz federal Sergio Moro, em Curitiba. Cunha é acusado de receber 5 milhões de dólares em propinas da Petrobras no paraíso fiscal
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Dia do Juízo Final
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que, sem a aprovação da PEC do teto de gastos, o Brasil estaria próximo do “Dia do Juízo Final”, em que a falta de caixa do governo atingiria a todos os brasileiros. O parlamentar apresentou na terça-feira o relatório final da proposta que estabelece que as despesas do governo devem ser limitadas à inflação dos 12 meses anteriores. Exceção aberta para Saúde e Educação, que mantém a regra vigente, de porcentagem sobre a receita líquida. Para ambas as pastas, a regra será alterada a partir de 2018 para acompanhar as outras. Dessa maneira, a Saúde terá 9 bilhões de reais a mais no Orçamento do que previa o texto anterior.
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Produção industrial cai
A produção da indústria brasileira recuou 3,8% em agosto, na comparação com o mês anterior, informou na terça-feira IBGE. A queda é a pior desde janeiro de 2012 e reverte o ganho acumulado de 3,7% que a indústria havia ganho nos últimos 5 meses consecutivos de alta. Em julho a produção havia crescido 0,1%. Na comparação com agosto de 2015, a queda foi de 5,2% e já acumula recuo de 8,2% no ano. Com o resultado de agosto, a produção está 21,3% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. As piores quedas de agosto foram nos setores de alimentos e de automóveis, que diminuíram a produção em 8% e 10,4%.
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Maduro contra Temer e Macri
O presidente da Venezuela Nicolás Maduro rebateu na terça-feira as afirmações dos governos de Brasil e Argentina, que deram até dezembro para que a Venezuela se enquadre nos padrões de direitos humanos e políticos propostos pelo Mercosul – sob pena de ser expulsa do bloco. Maduro afirmou que os presidente do Brasil Michel Temer, e da Argentina, Mauricio Macri, proferiram “ameaças e agressões”. Em visita a Buenos Aires na segunda-feira, Temer afirmou que tem esperança de que a Venezuela cumpra os requisitos no prazo — o que é considerado praticamente impossível.
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Duterte: novo xingamento a Obama
O presidente filipino Rodrigo Duterte proferiu um “vá para o inferno” ao se referir ao presidente americano Barack Obama. O motivo é que, segundo Duterte, os Estados Unidos teriam se recusado a vender armas às Filipinas. Duterte, no entanto, disse que não se importa uma vez que os Estados Unidos e China serão seus fornecedores. Durante a reunião do G20, em setembro, Duterte já havia causado polêmica com Obama ao chamar o presidente de “filho da p%$#”, após o americano criticar a política de guerra às drogas instaurada pelo filipino.
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FMI pessimista
O Fundo Monetário Internacional diminuiu suas previsões para a economia mundial, que deve crescer 3,1% em 2016 e 3,4% em 2017 – as estimativas são 0,1% menores do que no último relatório, em abril. Os piores resultados estão entre as economias desenvolvidas, que podem crescer 1,6% neste ano, enquanto espera-se que os emergentes atinjam alta de 4,2%. Para o FMI, fatos como a saída do Reino Unido da União Europeia, a candidatura do republicano Donald Trump nos Estados Unidos e a ascensão de ideais protecionistas ao redor do mundo trouxeram um clima de “incerteza política” aos países desenvolvidos, que vêm se recuperando lentamente da crise de 2008.
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