Doria anunciou apenas neste sábado o seu apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 16h23.
Brasília - Após meses de mobilização na tentativa de viabilizar seu nome para as eleições presidenciais de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria, disse que nunca anunciou ser pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. "Sou prefeito eleito da maior cidade brasileira e, como tal, vim aqui a esta convenção, e agora também como membro da Executiva Nacional do PSDB", afirmou. Ele negou também ser pré-candidato ao governo de São Paulo. "Sou candidato a prefeito da cidade de São Paulo, a prosseguir fazendo meu trabalho, como prefeito eleito com três milhões de votos."
Questionado sobre o motivo de ter anunciado apenas hoje apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República, ele disse que o momento para demonstrar seu posicionamento é agora.
"Eu acredito que o PSDB, a partir de janeiro, deva ter sua campanha na rua. Geraldo Alckmin é o candidato do PSDB. Óbvio que vamos ter que resolver a questão sobre se temos ou não prévias, mas, independentemente dessa questão, é o melhor candidato, preparado para disputar e vencer as eleições."
Doria disse que Alckmin é uma candidatura de centro e possui uma agenda liberal. "O Brasil precisa de uma opção que não seja nem de esquerda, nem de direita", afirmou.
Ao contrário de alguns tucanos, que manifestaram ou deixaram nas entrelinhas sua contrariedade à candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), como Arthur Virgílio e José Serra, Doria optou por não fazer críticas ao deputado.
"Eu não desrespeito nenhuma candidatura, todos têm direito. Tenho divergências, evidentemente, com essas candidaturas, mas não desqualifico ninguém. Aqueles que partidariamente fizerem suas convenções e forem disputar as eleições que disputem. Vamos ao voto", disse.
Já sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Doria disse concordar com a possibilidade de que ele dispute as eleições presidenciais, como defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas foi bem mais crítico. "Concordo que ele dispute e perca nas urnas. Concordo também com a Justiça, que possa penalizá-lo, e se o fim dele for atrás das grades, que cumpra sua sentença na prisão."