Doria: o valor embolsado com a punição vai para um fundo que beneficiará entidades, disse secretária (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 15h36.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), vai punir secretários que atrasarem para compromissos da gestão municipal, como eventos e reuniões.
A cada desrespeito superior a 15 minutos - tolerância fixada pela gestão -, Doria vai cobrar R$ 200. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) será responsável pela arrecadação.
Em entrevista à Rádio Estadão nesta quarta-feira, 4, a secretária Patrícia Bezerra - encarregada pelo tucano para fazer a cobrança - disse que a multa por secretário não vai exceder R$ 400 em um único dia.
"Os que têm hábito de chegar atrasados vão ser penalizados de forma dura", afirmou Patrícia.
Segundo ela, o tucano não vai tolerar justificativa de congestionamento.
"(Doria) vai com certeza falar para saírem com duas horas de antecedência. Ele não vai aceitar essa desculpa. Chega antes e toma um café. Não vai ter como justificar", disse. "Por enquanto, foi bem recebido, já que a multa não precisou ser aplicada ainda. Mas acho que vai começar a ter certa antipatia a partir da primeira aplicação."
Patrícia disse que ninguém se atrasou para a reunião com o secretariado nesta quarta, que teve início às 7h30.
"Já comecei a torcer para muita gente chegar atrasada." Isso porque, segundo ela, o valor embolsado com a punição vai para um fundo que beneficiará entidades vinculadas à pasta.
"O prefeito pediu que fizéssemos uma relação de entidades idôneas, com balanços auditados e nenhum problema de ordem jurídica ou penal. Vamos fazer uma listagem e vamos alternar o encaminhamento desses recursos para as entidades", afirmou a secretária.