João Doria: governador de São Paulo elogiou nesta segunda-feira, 4, a proposta de pacote anticrime apresentada por Moro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 13h24.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 13h26.
Brasília - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), elogiou nesta segunda-feira, 4, a proposta de pacote anticrime apresentada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e avaliou que não há nenhum ponto agudo de discordância por parte dos governadores, mas adiantou que os governos estaduais farão ainda sugestões ao texto. Segundo ele, o projeto apresentado por Moro é bom e bem fundamentado.
"O projeto apresentado terá o apoio dos governadores com suas bancadas, mas os governadores ainda farão sugestões complementares ao projeto. Os governadores são os que sofrem as maiores consequências dos problemas hoje do combate ao crime", disse Doria, após a reunião.
Segundo o tucano, um dos pontos mais positivos do projeto é o maior uso das teleconferências para as audiências criminais, o que reduz o custo dos Estados com o transporte de presos. "A teleconferência oferece as condições de plena defesa dos acusados, mas queremos que o texto seja ainda mais incisivo ao torná-la obrigatória, salvaguardadas algumas condições especiais", disse.
Outra sugestão feita pelos governadores a Moro é o fim das "saidinhas de presos", que, segundo Doria, precisam acabar, salvo também alguns casos específicos. Os governadores também pediram que jovens presos portando fuzis não possam ser liberados rapidamente - ainda que não tenham antecedentes criminais.
Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), avaliou que o pacote de medidas moderniza o combate ao crime do colarinho branco e ao crime organizado. Perguntado se um amplo pacote de medidas - algumas delas que já tramitaram pelo Congresso sem sucesso - teriam condições de ser aprovadas, ele avaliou que há ambiente para isso. "Os parlamentares têm um sentimento de que é necessário modernizar a legislação criminal e há também uma pressão por parte da própria população nesse sentido", comentou.