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Doria diz que, sem Moro, "Brasil estaria destruído hoje"

O prefeito de São Paulo afirmou que "acabou o tempo do Brasil sindicalista, o Brasil protecionista"

João Doria: prefeito apoiou reformas previdenciária e trabalhista, negando que vão gerar desemprego e pobreza (Agência Brasil/Agência Brasil)

João Doria: prefeito apoiou reformas previdenciária e trabalhista, negando que vão gerar desemprego e pobreza (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 13h53.

São Paulo - O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) defendeu nesta segunda-feira, 24, a atuação do juiz Sérgio Moro e as investigações da Operação Lava Jato.

"O passado passou. E graças a Deus passou, senão teriam destruído o Brasil. Se não fosse esse juiz Sérgio Moro e a Lava Jato, o Brasil estaria destruído hoje. É outro tempo", disse.

Em discurso de abertura do Fórum Cidades do Futuro, organizado pela Rádio Jovem Pan, o tucano voltou a dizer que não é candidato a governador ou a presidente, e que a sua fala "não é de candidato".

Doria não citou o Partido dos Trabalhadores (PT), mas afirmou que "os erros que se cometeram no passado, de não dar atenção à população mais fragilizada, levaram o Brasil a 13 anos de mau governo, destempero, assalto ao dinheiro público e mentiras que contribuíram para três anos da maior recessão econômica do País e para a pior imagem pública do País no exterior".

O tucano disse ainda que "vozes populistas querem assaltar a consciência dos mais pobres e mais humildes" e que "acabou o tempo do Brasil sindicalista, o Brasil protecionista".

Evitando mencionar também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito afirmou que as transformações são determinadas pelo "povo brasileiro, não por sindicalista ou dirigente partidário."

Doria declarou apoio às reformas previdenciária e trabalhista, negando que vão gerar desemprego e pobreza. Segundo o prefeito, as mudanças proposta pelo presidente Michel Temer "vão gerar riqueza, oportunidades de trabalho e transformação para o Brasil".

O prefeito negou que esteja fazendo "discurso de candidato". "Fui eleito prefeito na maior cidade brasileira, eleito no primeiro turno. É um fato histórico", afirmou. "Não sou candidato a governador e não sou candidato a presidente."

Ao jornal O Estado de S. Paulo, em entrevista no início de abril, o tucano disse que disputaria o governo do Estado em 2018 se o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pedir.

"E não adianta vir com críticas da extrema esquerda. Não sou de direita, nem de esquerda, sou brasileiro. Quero o bem das pessoas. Para isso, vou usar toda a minha força, capacidade e voz para defender o Brasil, sobretudo do mal que já acometeu nosso País e quase nos destruiu. A minha voz será ouvida, sim, doa a quem doer", declarou, finalizando o discurso.

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