João Doria: "A recomendação da segurança da Prefeitura foi para a proteção daquele que, ocupando o cargo, tem a obrigação de tomar medidas duras - e eu tomei" (Rodrigo Paiva/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de março de 2018 às 13h36.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria, publicou um vídeo nesta quarta-feira, 7, em suas redes sociais para explicar o decreto que prevê a disponibilização de seguranças pessoais para ex-prefeitos da capital e seus familiares por até um ano após o saída do cargo.
Doria, que tenta se viabilizar como candidato do PSDB ao governo do Estado, mas ainda não admite isso publicamente, inicia o vídeo dizendo que reembolsará a Prefeitura integralmente com o valor gasto com a segurança, "exatamente como faço com meu salário desde o primeiro mês", acrescentou, lembrando que doa seu ordenado a instituições filantrópicas, não utiliza carro oficial e faz suas viagens em seu jatinho particular ou pagando voos de carreira.
No vídeo, o tucano argumenta que a medida foi uma recomendação da segurança da administração municipal. "A recomendação da segurança da Prefeitura foi para a proteção daquele que, ocupando o cargo, tem a obrigação de tomar medidas duras - e eu tomei", diz, lembrando de ações da Prefeitura em conjunto com o governo do Estado que terminaram na prisão de traficantes na capital. "Recebemos várias ameaças, mas não me intimidei e não vou me intimidar", emendou, lembrando ainda de ações contra o contrabando e a venda ilegal desses produtos na cidade.
Institucionalmente, a assessoria que a Polícia Militar oferece à Prefeitura está ligada à Secretaria do Governo Municipal. O texto que acompanha o tuíte, no entanto, afirma que a recomendação partiu da Secretaria de Segurança Urbana da capital. "A medida é justa e positiva para que futuros prefeitos não tenham medo de agir contra a bandidagem na nossa cidade", concluiu Doria.
Publicado no último sábado, 3, o decreto de número 58.117 garante a disponibilização de até quatro PM a ex-prefeitos e seus familiares. Com ele, Doria garantiria a escolta mesmo durante eventual campanha para o governo do Estado. Se for concorrer, Doria tem que deixar a Prefeitura até o dia 7 de abril.