Haddad: as coordenadorias LGBT e Juventude fazem parte da secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 19h23.
São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) rebateu nesta quinta-feira, 18, a proposta do empresário João Doria, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, que prometeu acabar com sete secretarias se for eleito, entre elas as de Pessoa com Deficiência, Igualdade Racial, Juventude e Mulheres.
"Nós iremos reforçar as políticas para mulheres, pessoas com deficiência, população LGBT e jovens. O candidato Doria mostra mais uma vez desconhecer a cidade. Das secretarias citadas por ele, três sequer existem", disse Haddad.
As coordenadorias LGBT e Juventude fazem parte da secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura.
Após visitar uma feira livre nos Jardins (zona sul) na manhã desta quinta-feira, 18, Doria disse aos jornalistas que pretende reduzir de 27 para 20 o número de pastas.
"Não vamos mudar as políticas para deficientes, mulheres, negros, juventude e LGBT. Só não teremos secretarias. Teremos transversalidade na gestão", disse o tucano.
As secretarias de Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos custam aos cofres públicos R$ 158,4 milhões, ou 0,29% do orçamento da Prefeitura em 2016, que é de R$ 54,4 bi.
O vereador Andrea Matarazzo (PSD), candidato a vice de Marta Suplicy, também criticou a proposta de Doria. "Isso mostra que ele não tem noção das prioridades da cidade. A secretaria da Pessoa com deficiência promove a inclusão".
Ex-tucano, Matarazzo lembra, ainda, que a secretaria de Pessoa com Deficiência foi criada pelo prefeito José Serra e que a primeira titular da pasta foi a hoje deputada federal Mara Gabrilli, do PSDB.