Bolha de calor deixará temperaturas acima da média no fim do verão (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 13 de março de 2024 às 16h45.
Última atualização em 13 de março de 2024 às 16h45.
Uma massa de ar quente instalada na Argentina e Paraguai, descrita como "bolha de calor", afeta os estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, parte de Goiás, parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O fenômeno ocorre devido à formação de um "domo de calor" que prende o ar quente na superfície terrestre e pode elevar as temperaturas a máximas de até 45 °C.
O evento ocorre em áreas de alta pressão quando uma cúpula de calor é gerada e permanece sobre a mesma região por dias ou até semanas, prendendo ar quente por baixo, como uma tampa em uma panela. O domo quente atua bloqueando a formação de nuvens e a chegada de frentes frias nas partes afetadas. Com isso, a umidade evapora e a radiação solar incide com maior intensidade na superfície.
As características do verão devem ser prolongadas em vários estados, já que um bloqueio atmosférico impedirá o avanço de frentes frias. Segundo alerta o portal MetSul, as máximas podem chegar a 10 °C acima da média.
O fenômeno se diferencia da onda de calor que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), se estabelece quando as temperaturas permanecem 5 °C acima da média por, no mínimo, 5 dias consecutivos. O mês de março marca o período de transição entre o verão e outono, quando se intensificam mudanças nos padrões meteorológicos de maneira repentina.
De acordo com o MetSul, o centro do domo de calor se manterá sobre o Norte da Argentina e o Paraguai. Nesta região, máximas de até 45 °C são esperadas. A onda afeta a parte do Centro-Sul do Brasil, onde a sensação térmica em alguns locais no Sul do país passará dos 40ºC.
O calor excessivo pode chegar a dez dias em alguns estados, o que prolongará o final da estação, que está prevista para se encerrar no dia 20 de março, às 0h06.