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Dois deputados do Tocantins são alvos de operação da PF

Operação Ápia foi deflagrada em outubro de 2016 para combater uma organização criminosa que atuou no estado de Tocantins

Câmara dos Deputados: além de Brasília, a PF cumpre mandados nas cidades de Palmas e Araguaína, no Tocantins (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Câmara dos Deputados: além de Brasília, a PF cumpre mandados nas cidades de Palmas e Araguaína, no Tocantins (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 09h43.

Policiais federais permanecem na Câmara dos Deputados, onde cumprem mandados judiciais - autorizados pelo Supremo Tribunal Federal - em gabinetes de dois parlamentares do Tocantins.

Eles são alvos da 6ª faze da Operação Ápia, deflagrada hoje (13) pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Procuradoria-Geral da República.

Além de Brasília, a PF cumpre mandados nas cidades de Palmas e Araguaína, no Tocantins. Ao todo são 16 mandados de busca e apreensão e 8 de intimação.

A Operação Ápia foi deflagrada em outubro de 2016 para combater uma organização criminosa que atuou no estado de Tocantins.

De acordo com a PF, essa organização corrompia servidores públicos e políticos, fraudando licitações e execução de contratos administrativos para obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias do estado em valores que superaram a R$ 850 milhões.

"As obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo estado do Tocantins, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor superior a R$ 1 bilhão", informou a Polícia Federal.

A PF diz ainda que os recursos liberados para as obras tiveram a "União Federal como garantidora (fiadora) da dívida contraída com Banco do Brasil".

De acordo com as investigações, um "núcleo político da associação criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores".

Nesta 6ª fase, a PF investiga os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa construtora a integrantes do núcleo político investigado.

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