Sérgio Moro: o juiz federal é o responsável pela Operação Lava Jato (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
Valéria Bretas
Publicado em 17 de março de 2016 às 06h00.
São Paulo – Nesta quinta-feira (17), a maior investigação contra corrupção e lavagem de dinheiro na história do Brasil completa dois anos. A Lava Jato, coordenada pelo juiz federal Sérgio Moro, já acumula 24 fases em sua alçada e mais de 1,1 mil procedimentos investigados.
Em sua última ação, a Polícia Federal mirou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para investigar a sua relação (e de seus familiares) com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção.
A suspeita é que o ex-presidente tenha recebido vantagens ilícitas, como um apartamento, reformas e imóveis novos.
Já na primeira tarefa deflagrada pelos agentes federais, em 17 de março de 2014, a PF cumpriu 91 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária.
De lá para cá, executivos das mais importantes empreiteiras do país foram presos, como o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, condenado recentemente a 19 anos de prisão, a residência do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi vasculhada, e, por fim, a delação do senador Delcídio do Amaral, que acusa a presidente Dilma Rousseff (PT) de ter interferido no curso das investigações.
O vai e vem que embarca cada vez mais envolvidos no grande esquema de desvio de dinheiro na Petrobras também rendeu asas para a criatividade.
Desde que o esquema bilionário foi deflagrado, uma série de codinomes envolvendo os investigados foram descobertos pelos agentes da polícia.
É o caso da doleira Nelma Kodama, que para evitar que fosse descoberta, se identificava como Angelina Jolie nas trocas de mensagens com o doleiro Alberto Youssef.
Veja os números que resumem os dois anos da Operação Lava Jato.