Brasil

Dodge pede suspensão de depoimento de Pelella à CPMI da JBS

Pelella foi chefe de gabinete e braço direito do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot

Raquel Dodge: o depoimento de Pelella está previsto para o dia 22 de novembro (José Cruz/Agência Brasil)

Raquel Dodge: o depoimento de Pelella está previsto para o dia 22 de novembro (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 20h58.

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, impetrou nesta sexta-feira, 17, um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a convocação do procurador regional da República Eduardo Pelella, da Procuradoria Regional da República da Terceira Região, para depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS.

Pelella foi chefe de gabinete e braço direito do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

O depoimento de Pelella está previsto para o dia 22 de novembro. O ministro Dias Toffoli, do STF, foi sorteado para relatar o processo.

Para a procuradora-geral da República, a comissão extrapolou os limites da sua atuação ao convocar Pelella, "infringindo as balizas que o princípio da separação de poderes lhe delineia e atingindo garantias constitucionais do Ministério Público".

"De fato, não cabe a Comissão Parlamentar de Inquérito dedicar-se a investigar eventuais condutas censuráveis de membros do Ministério Público, muito menos sindicar eventual cometimento de crime por eles", sustentou Raquel.

Para a procuradora-geral da República, não há dúvidas de que a convocação de Pelella tem o objetivo de "sindicar a atuação do procurador no procedimento de negociação de colaboração premiada - assunto inequivocadamente relacionado com a atividade finalística do Ministério Público".

"Investigação criminal ou administrativa de membro do Ministério Público é tema que se esgota no âmbito do próprio Ministério Público, que, para isso, dispõe de organismos com os conselhos - tanto o nacional como o do Ministério Público Federal - vocacionados a esse exercício. A investigação penal tampouco é atribuição do Poder Legislativo", ressaltou a procuradora-geral da República.

Acompanhe tudo sobre:JBSRaquel DodgeSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Empresários industriais estão otimistas para 2025, apesar de recuo do setor em dezembro, diz CNI

Chuvas fortes em SP causam alagamentos, interrompem metrô e 121 mil ficam sem luz

MP investiga déficit de servidores no Cemaden, órgão que monitora as enchentes do Brasil

Segundo governo Trump e as oportunidades para o Brasil