Carlos Ghosn (Bloomberg/Bloomberg)
Agência Brasil
Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 10h59.
Autoridades da Nissan confirmam que foram recolhidos documentos do executivo franco-brasileiro Carlos Ghosn, de 64 anos, do apartamento dele, na área mais luxuosa de Copacabana, no Rio de Janeiro. Porém, como há uma ação judicial em curso, os documentos não foram abertos, segundo as autoridades.
Preso desde novembro, Ghosn é acusado de ocultar e fraudar ganhos financeiros. Ele e a família costumavam passar o Réveillon no Rio de Janeiro.
O apartamento de 600 metros quadrados, de acordo com a imprensa brasileira, está avaliado em R$ 10 milhões. A propriedade foi comprada em 2012 por uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. Investiga-se que uma subsidiária da Nissan esteja envolvida na fundação da empresa.
Autoridades informaram que representantes de Ghosn entraram no apartamento na sexta-feira (14) com a permissão de um tribunal brasileiro,. Eles foram supervisionados por uma equipe da Nissan.
A Nissan mudou as fechaduras para o apartamento desde que Ghosn foi preso. A montadora citou os riscos de evidências de irregularidades sendo removidas ou destruídas. Autoridades da Nissan visitaram o apartamento em 30 de novembro e encontraram três cofres.
A montadora está buscando permissão de um tribunal no Brasil para abri-los sob o argumento de que parte dos ativos de Ghosn obtidos de forma inadequada podem ser armazenados nos cofres. Mas os representantes da Nissan disseram que não foram autorizados a abri-los.
*Com informações da NHK, agência pública de notícias do Japão.