IBGE: Na Região Nordeste, 60,7% dos municípios contavam com um órgão responsável pela política de direitos humanos, segundo a pesquisa (Raul Zito/VEJA)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2012 às 10h09.
Rio de Janeiro – A Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (Munic) de 2011, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o número de municípios que dispõem de um órgão para tratar das políticas de direitos humanos mais do que dobrou entre o levantamento de 2009 e o do ano passado.
O total passou de 1.408, em 2009, para 2.941, em 2011, o que representa 52,9% das cidades brasileiras. Para a gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Vânia Pacheco, o crescimento é um bom sinal. “A gente não pode esquecer que a política de direitos humanos é transversal, abrange todas as políticas públicas, ela está na educação, no saneamento, em todas elas, e normalmente esse órgão gestor está junto com outras políticas, como a de assistência social. [O aumento] já demostra uma preocupação dos municípios com relação a isso.”
Na Região Nordeste, 60,7% dos municípios contavam com um órgão responsável pela política de direitos humanos, enquanto na Região Norte a proporção cai para 41,6%.
A Munic também constatou que a preocupação com os direitos humanos aumenta de acordo com o tamanho da população. Nos municípios com até 5 mil habitantes, a proporção de cidades com estrutura específica era 46,9%. Nos municípios com mais de 50 mil habitantes, o índice sobe para 86,8%.
Com relação aos conselhos municipais na área de direitos humanos, foram criados 1.041 órgãos de 2009 para 2011, chegando a 15.719 em todo o Brasil. Entre eles, há 121 conselhos municipais de Direitos Humanos, 5.420 de Direitos da Criança e do Adolescente, 196 de Igualdade Racial, 2.862 de Direitos do Idoso, 789 da Pessoa com Deficiência e 870 de Políticas para as Mulheres. Já os conselhos tutelares estão presentes em 5.521 municípios (99,2% do total).