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Do hospital, Bolsonaro ataca PT e fala em risco de 'fraude' nas eleições

Em uma transmissão ao vivo para as redes sociais de 20 minutos, Bolsonaro falou com voz rouca e se emocionou em alguns momentos

Imagem de Bolsonaro no hospital divulgada pelo candidato em 16/09/2018 (Twitter/Reprodução)

Imagem de Bolsonaro no hospital divulgada pelo candidato em 16/09/2018 (Twitter/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2018 às 18h20.

Última atualização em 16 de setembro de 2018 às 18h24.

São Paulo - Dez dias depois de ser atacado com um golpe de faca no abdômen, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fez, neste domingo, 16, uma transmissão ao vivo para as redes sociais.

Durante cerca de 20 minutos, com voz rouca e se emocionando em alguns momentos, Bolsonaro agradeceu apoiadores, dirigiu críticas ao candidato do PT, Fernando Haddad, e repetiu que as eleições de outubro podem resultar em uma "fraude" por causa da ausência do voto impresso.

"A grande preocupação realmente não é perder no voto, é perder na fraude. Então essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta", declarou Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno e vê risco de derrota em cenários de segundo turno.

No vídeo, o candidato pediu para que os internautas se colocassem no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.

"Se você não tentou fugir, com tudo ao teu lado, obviamente que tem um plano B. Qual é o plano B desse presidiário, desse homem pobre lá atrás que roubou toda nossa esperança? Não consigo pensar em outra coisa a não ser um plano B se materializar numa fraude favorável ao Lula."

Bolsonaro disse que uma eventual eleição de Haddad representaria uma "ameaça à democracia". Após ser confirmado como candidato, o petista encostou em adversários no segundo lugar de pesquisas eleitorais.

"Haddad eleito presidente, se ele não falou vocês sabem, no mesmo minuto da posse assina o indulto de Lula e no minuto seguinte nomeia (Lula) chefe da Casa Civil."

Bolsonaro, internado no Hospital Albert Einstein, disse ainda esperar estar em casa daqui a uma semana e falar com os internautas todos os dias no horário do programa eleitoral no rádio e na TV.

O presidenciável afirmou contar com apoio de "boa parte" das Forças Armadas e disse que "está em jogo" no País o futuro de milhões de brasileiros, e não seu próprio futuro.

O candidato declarou estar se recuperando após a facada, em Minas Gerais, e, ao lado dos filhos Eduardo e Carlos, agradeceu mensagens de apoio e orações.

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