Depois do sequestro, cinco pessoas foram baleadas, uma delas está internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio (Andrevruas/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 13h38.
Rio de Janeiro - Em entrevista coletiva, o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, em São Cristóvão, o tenente-coronel Marcos Vinícius Prado, admitiu que todos os disparos efetuados durante o sequestro do ônibus da linha Praça XV/Duque de Caxias, na noite de ontem, partiram das armas dos policiais militares que participaram da ação de resgate. Ele reconheceu que os bandidos que tomaram o coletivo não atiraram contra os policiais. Cinco pessoas foram baleadas, uma delas está internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.
Cinco pistolas usadas por policiais ontem à noite foram apreendidas na 6ª Delegacia de Polícia, em Cidade Nova, onde o caso está sendo investigado. De acordo com o comandante do 4º BPM, os disparos foram efetuados "a uma distância de não mais do que 20 metros", com o objetivo de furar os pneus e evitar o deslocamento do veículo e a consequente fuga dos sequestradores. No entanto, pelo menos 16 tiros, segundo ele, atingiram a lataria do ônibus e alguns deles provocaram ferimentos nos reféns.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, que na noite de ontem havia considerado um sucesso a operação da polícia, viu-se obrigado a recuar. Para ele, os tiros contra os pneus de um veículo com reféns "não fazem parte do protocolo".