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Dirigente regional do MST é assassinado no interior de Minas

Segundo militares, o dirigente vinha recebendo ameaças por sua atuação na luta pela terra

MST: assassinato aconteceu três dias após a chacina de nove trabalhadores rurais ligados ao grupo no MT (Marcelo Camargo/ABr/Agência Brasil)

MST: assassinato aconteceu três dias após a chacina de nove trabalhadores rurais ligados ao grupo no MT (Marcelo Camargo/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2017 às 11h25.

Sorocaba - Um militante do Movimento dos Sem-Terra (MST) foi assassinado com dez tiros, na noite de domingo, 23, na zona rural de Periquito, município do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

O agricultor Silvino Nunes Gouveia, de 51 anos, estava em sua casa, no Assentamento Liberdade, quando foi chamado e saiu à porta com uma lanterna, recebendo os disparos. Os atiradores fugiram em um carro. Gouveia era dirigente regional do MST.

Até a noite desta segunda-feira, 24, nenhum suspeito havia sido preso. A Polícia Civil de Periquito informou que já investiga o crime.

O corpo de Gouveia foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Governador Valadares, município da região. A polícia apreendeu uma garrucha e munições na casa da vítima.

Conforme familiares, Gouveia tinha recebido ameaças por sua atuação na luta pela terra.

Protesto

De manhã, assentados atearam fogo em pneus e interditaram os dois sentidos da BR-381, que liga Periquito a Governador Valadares, para protestar contra a morte do agricultor. A via foi liberada após negociação com a Polícia Rodoviária Federal.

O assassinato aconteceu três dias após a chacina de nove trabalhadores rurais ligados ao MST, na Gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza (MT).

Em nota, o movimento disse que os conflitos pela terra se intensificaram no Vale do Rio Doce por falta de medidas que agilizem o assentamento de 1.200 famílias acampadas na região e cobrou a apuração do assassinato e a prisão dos envolvidos.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão ligado à Igreja Católica, em 2016, os conflitos agrários causaram a morte de 61 pessoas no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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