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Dirigente do COI cobra pressa do governo por Rio/2016

Ricci Bitti fez duras críticas à forma que o Rio organiza os Jogos de 2016


	Bandeira Rio 2016: principal preocupação do COI, segundo Bitti, é o atraso nas obras dos equipamentos que receberão as disputas olímpicas
 (Divulgação/COB)

Bandeira Rio 2016: principal preocupação do COI, segundo Bitti, é o atraso nas obras dos equipamentos que receberão as disputas olímpicas (Divulgação/COB)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 21h00.

Belek - Membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente da Associação das Federação Internacionais de Esportes Olímpicos de Verão (ASOIF, na sigla em inglês), o italiano Francesco Ricci Bitti fez duras críticas à forma que o Rio organiza os Jogos de 2016. De acordo com o dirigente, é preciso começar a traçar um plano B para algumas modalidades.

"Está ficando muito sério", apontou Bitti. "O Comitê Organizador tem boas pessoas. Mas sem influência para lidar com o problema. Não se trata da China, onde você pode pedir para as pessoas trabalharem pela noite. No Brasil, isso não pode ocorrer. O governo precisa mudar de velocidade", insistiu.

Na quinta e sexta-feira, o Comitê Executivo do COI se reúne e o assunto principal deve ser a organização dos Jogos do Rio, assim como aconteceu no encontro da ASOIF, em Belek (Turquia), no fim de semana. O presidente do Comitê Rio/2016, Carlos Arthur Nuzman, fará uma apresentação aos dirigentes sobre o andamento das obras.

A principal preocupação do COI, segundo Bitti, é o atraso nas obras dos equipamentos que receberão as disputas olímpicas. "Podemos ser flexíveis com a infraestrutura, mas certamente não com as instalações esportivas. "Mesmo naqueles que não consideramos que estão ameaçadas, não vemos um sentimento de urgência", disse ele.

O italiano indicou que, em alguns casos, modalidades terão de começar a repensar onde é que poderão ser instaladas no Rio, já que o plano original pode não atender às necessidades. "Precisamos agir agora. Se esperarmos mais seis meses, diante de um governo inativo, acho que a situação ficaria muito séria."

Na análise dele, o problema é cultural. "Não podemos esperar que, no final, as coisas vão se arranjar. Desta vez, temos o estilo e hábitos da América do Sul", Eles (brasileiros) não estão acostumados a gerenciar grandes eventos como esse", disse.

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