Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): 512 pessoas foram demitidas após corte determidado pelo parlamentar (Lia de Paula/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 19h32.
Brasília - A diretora-geral do Senado, Doris Marize Peixoto, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira, 18, após uma discussão com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O Grupo Estado apurou que, em reunião com os diretores da Casa nesta tarde, ela relatou que teve uma conversa dura com o senador devido a corte de pessoal determinado por ele que atingiu a área administrativa. Um total de 512 pessoas foram demitidas.
O senador, segundo Doris teria relatado na reunião, queria abrir novas vagas para atender aos gabinetes dos parlamentares, mas ela ponderou que a prioridade era a área administrativa, uma vez que os senadores já têm um número grande de assessores. Renan teria respondido: "Faço o que eu quero, na hora que eu quero e para quem eu quero." Diante disso, Doris entregou o cargo.
Ela comandava a área administrativa do Senado desde fevereiro de 2011, com a saída de Agaciel Maia. O cargo é comparado ao de um senador devido aos poderes que o diretor-geral tem. Doris foi indicado pelo ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo a assessoria de Renan ela deixou o cargo por motivos pessoais e o substituto ainda não foi escolhido.