Material apreendido com acusados de integrar a quadrilha que vendia ingressos da Copa do Mundo (Polícia Civil do Rio de Janeiro)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2014 às 10h42.
São Paulo – O diretor-executivo da Match Services - única empresa autorizada pela Fifa a vender ingressos da Copa do Mundo - foi solto na madrugada desta terça-feira após conseguir habeas corpus da Justiça do Rio de Janeiro.
O britânico Raymond Whelan foi preso na tarde desta segunda no hotel Copacabana Palace, sob suspeita de encabeçar a quadrilha internacional de cambistas que faturava milhões com a venda de ingressos vips para as partidas do mundial.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, será marcada uma nova data para o depoimento de Whelan, que responderá pelo crime em liberdade.
Segundo a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o empresário estaria acima do ex-jogador argelino Mohamadou Lamine Fofana, que também foi preso na semana passada junto com mais dez pessoas que supostamente fariam parte do esquema.
Fofana teria ligado mais de 900 vezes para Whelan nos últimos dois meses, além de ter sido flagrado com vários ingressos e altas quantias em dinheiro. O argelino possuía acesso livre na entidade e entre seu círculo de amizades estão grandes nomes do futebol brasileiro e internacional.
Whelan negou as acusações e disse que os ingressos encontrados em seu quarto se destinavam a parentes.
A polícia estima que o grupo lucrava R$ 1 milhão por jogo, e a expectativa é que ganhassem até R$ 200 milhões até o fim do torneio no Brasil. A quadrilha também teria atuado em pelo menos outras quatro Copas do Mundo.
Fifa
Após tomar conhecimento da prisão do diretor, a Fifa voltou a informar, por meio de nota, que vai colaborar com as investigações.
"Conforme mencionado em diversas ocasiões, a Fifa gostaria de reiterar a sua posição firme contra qualquer forma de violação da lei criminal e dos regulamentos de emissão de ingressos. A Fifa está apoiando totalmente as autoridades de segurança nos nossos esforços conjuntos para reprimir todas as vendas de ingressos não autorizadas", disse a entidade.