Para o diretor de investimentos da Odebrecht, Felipe Jens, o problema educacional leva bastante tempo para se resolver, em "pelo menos uma década" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2011 às 06h09.
Nova York - O diretor de investimentos do grupo Odebrecht, Felipe Jens, reconheceu nesta segunda-feira, durante o Fórum Econômico de Nova York, o desafio que representa a falta de funcionários qualificados no Brasil.
Ele advertiu que o país terá dificuldades com a falta pessoal qualificado em todos os níveis da hierarquia empresarial, sobretudo diante da iminência da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Brasil, e do investimento de US$ 30 bilhões a US$ 40 bilhões em petróleo e gás nos próximos cinco anos.
Jens é um dos cerca de 700 executivos presentes na segunda edição do Fórum Econômico de Nova York, evento promovido por Richard Attias - que organizou o Fórum Econômico Mundial de Davos por mais de dez anos - e que promove até terça-feira um amplo debate sobre como estimular o crescimento econômico e, assim, criar mais postos de trabalho.
O executivo destacou que o problema fundamental da escassez de funcionários qualificados está na deficiência do sistema educacional brasileiro e alertou que a má notícia é que leva bastante tempo para se resolver esse entrave, "pelo menos uma década".