José Dirceu: na sua avaliação, o Supremo "não vai aliviar em nada" no cálculo da puniçã (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2012 às 09h33.
São Paulo - Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, jantou na terça-feira (23) na casa do prefeito de Osasco (SP), Emídio de Souza (PT). À mesa, bacalhau, vinho, eleições, José Serra e mensalão. No diagnóstico de Dirceu, o Supremo "leva a situação para o pior cenário possível".
Entre uma e outra recordação das disputas para deputado estadual e federal - a primeira delas em 1987, quando se tornou constituinte de São Paulo -, o ex-todo-poderoso ministro do governo Lula comentou que, se for para a cadeia, vai se declarar "prisioneiro político de um julgamento de exceção".
Depois do 2.º turno da eleição, o PT divulgará um manifesto em tom duro, com críticas ao Judiciário. A estratégia do partido também prevê a cobrança do julgamento dos réus do "mensalão tucano", por parte do Supremo.
À espera de sua pena, que a Corte máxima vai impor, Dirceu disse estar "preparado" para o pior. Na sua avaliação, o Supremo "não vai aliviar em nada" no cálculo da punição, a chamada dosimetria - em tese, ele pode pegar de 3 a 15 anos de reclusão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo