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Dirceu diz que pena do STF reforça "infâmia e ignomínia"

A pena dada a Dirceu corresponde aos crimes de formação de quadrilha e de corrupção ativa


	José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil: por ser superior a 8 anos de prisão, a pena imposta a Dirceu implica que ele terá de cumpri-la em regime fechado
 (Victor Soares/Agência Brasil)

José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil: por ser superior a 8 anos de prisão, a pena imposta a Dirceu implica que ele terá de cumpri-la em regime fechado (Victor Soares/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 20h15.

São Paulo - A pena de 10 anos e 10 meses de prisão imposta nesta segunda-feira ao ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu "agrava a infâmia e a ignomínia" do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), disse ele em seu blog.

A pena dada a Dirceu corresponde aos crimes de formação de quadrilha e de corrupção ativa que, segundo o STF, ele praticou no escândalo de desvio de dinheiro público para compra de apoio político ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revelado em 2005.

Por ser superior a 8 anos de prisão, a pena imposta a Dirceu implica que ele terá de cumpri-la em regime fechado. Somente após o cumprimento de um sexto da pena, ele poderá pedir progressão da punição.

"A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito", afirmou Dirceu.


"Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência." Mais cedo, o advogado de Dirceu, José Luis de Oliveira Lima, disse em entrevista coletiva em seu escritório em São Paulo que tentará todas as formas de recursos possíveis para apelar da sentença.

O ex-ministro voltou a lembrar sua trajetória de combate ao regime militar e de exilado político e garantiu que seguirá manifestando seu inconformismo com a decisão do STF.

"Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena."

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