José Dirceu: o político destacou que esses partidos, quando estiveram no poder, não fizeram a revolução social que o PT fez em 11 anos (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 14h05.
São Paulo - O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT) afirmou, nesta terça-feira, 10, em entrevista à TV Fundação Perseu Abramo (FPA), que a direita brasileira, citando especificamente o PSDB e o PFL (atual DEM), adversários de seu partido, têm "complexo de vira-latas" e não pensa o Brasil como uma grande nação.
Nas críticas aos tucanos e "pefelistas", Dirceu destacou que esses partidos, quando estiveram no poder, não fizeram a revolução social que o PT fez em 11 anos de administração (oito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e três do atual governo da presidente Dilma Rousseff).
Nos dois primeiros blocos da entrevista à TV FPA, conduzida pelo ex-presidente do IPEA Marcio Pochmann, Dirceu disse que a agenda do PT não é dirigida pelas forças conservadoras. "O Brasil tem (hoje) uma liderança econômica, cultural e política, é uma grande nação". Apesar disso, ele defendeu um maior controle de capital no País, para evitar a alta excessiva do dólar, por exemplo.
Ainda nas críticas aos adversários, Dirceu alfinetou: "O povo vê o PSDB como um partido elitista". E argumentou que as próprias pesquisas de opinião mostram isso.
José Dirceu (PT) deu entrevista à TV Fundação Perseu Abramo (FPA) que no bloco final teve perguntas de internautas, um dia antes da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa os embargos infringentes dos réus do processo do mensalão, dentre eles o ex-ministro. Caso o STF negue os embargos, a prisão de José Dirceu deverá ser decretada.
O ex-ministro já declarou que pretende recorrer do pedido de prisão à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), com base no Pacto de San José da Costa Rica, que trata das garantias dos direitos humanos e judiciais e tem o Brasil como um de seus signatários.