Dilma Rousseff: "nós achamos que a reforma política tinha de ser e tem de ser participativa, profunda, com base num plebiscito. É um processo que vamos continuar defendendo" (Chip East/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 11h04.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira a necessidade de uma reforma política profunda no país e que envolva a realização de um plebiscito, reiterando proposta feita em resposta às manifestações que tomaram as ruas do país em junho.
"Nós propusemos a reforma política. Há um processo de discussão sobre essa reforma política no Congresso. Nós achamos que a reforma política tinha de ser e tem de ser participativa, profunda, com base num plebiscito. É um processo que vamos continuar defendendo", afirmou Dilma em entrevista a uma rádio de Minas Gerais.
Dilma sugeriu a discussão sobre a reforma política como parte dos cinco pactos apresentados à população após as manifestações em junho, que chegaram a levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas em um único dia em diversas cidades do país.
Apesar da sugestão do Planalto ao Congresso pela realização de um plebiscito que definiria as diretrizes para a reforma, a proposta encontrou forte resistência entre os parlamentares e não tem mais tempo hábil para ter validade nas eleições de 2014.
Na entrevista, a presidente afirmou que, na avaliação do governo, os cinco pactos --pela melhoria da saúde, da educação e do transporte público e pela responsabilidade fiscal, além da reforma política-- foram cumpridos.
"O primeiro pacto foi pela responsabilidade fiscal e estabilidade macroeconômica. O Brasil está cumprindo esse pacto sistematicamente", afirmou.
"Colocamos esse pacto porque achávamos que era importante que as pessoas percebessem que qualquer dos outros pactos dependeriam do controle da inflação, da estabilidade fiscal e de grande reservas internacionais que estabilizem o país. E isso está sendo cumprido", acrescentou.
Sobre os pactos pela melhor prestação de serviços, Dilma destacou a implantação do programa Mais Médicos como forma de elevar a qualidade do atendimento médico e também voltou a lembrar a aprovação pelo Congresso da lei que destina recursos da exploração do petróleo para saúde e educação.
"Quero dizer o seguinte, que, do ponto de vista do governo, a nossa avaliação, e acho que é uma avaliação absolutamente baseada em fatos, em dados, é uma avaliação objetiva, é que nós avançamos muito sim e cumprimos os pactos. Inequivocamente saúde com Mais Médicos, educação com a destinação dos royalties e do fundo social do pré-sal e mobilidade urbana estão avançando e mais, fazendo o Brasil avançar." (Por Pedro Fonseca)