Dilma Rousseff e Barack Obama em reunião do G-20 na Rússia: atuação das agências de inteligência americanas no Brasil esfriou as relações entre ambos os países (REUTERS/Grigory Dukor)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2013 às 16h04.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff chegará nesta segunda-feira em Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde provavelmente criticará a espionagem feita pelos Estados Unidos e da qual foi vítima direta.
Dilma partirá para Nova York na noite de hoje e amanhã não terá compromissos oficiais, segundo a agenda divulgada pela presidência.
Na terça-feira, como é de costume devido a sua condição de presidente do Brasil, a governante fará o discurso de abertura da Assembleia da ONU e segundo fontes oficiais abordará a necessidade de se adotar medidas globais para impedir a espionagem.
A atuação das agências de inteligência americanas no Brasil esfriou as relações entre ambos os países e Dilma chegou a adiar a visita de Estado a Washington prevista para 23 de outubro.
Segundo documentos filtrados pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (ANS) Edward Snowden, o serviço de inteligência americana espionou Dilma, assim como a Petrobras e cidadãos brasileiros.
Em seu discurso diante dos líderes mundiais, também se prevê que a presidente critique a política monetária dos Estados Unidos e seu impacto nas moedas nacionais, declare sua rejeição a uma intervenção na Síria sem apoio da ONU e reitere seu reconhecimento ao Estado palestino, entre outros assuntos.
Além de participar da Assembleia Geral, Dilma aproveitará sua estadia em Nova York para se reunir com empresários americanos e operadores do mercado de Wall Strett, aos quais apresentará oportunidades de negócios no Brasil.
Entre os membros da delegação que acompanhará a presidente em Nova York está o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que entre outros compromissos tem prevista uma reunião com chanceleres do grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.