Dilma Rousseff faz campanha em Uberaba, Minas Gerais, durante o segundo turno da eleição (Ichiro Guerra/ Dilma 13)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2014 às 21h50.
São Paulo - Minas Gerais, o segundo colégio eleitoral do país, foi fundamental para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, reeleita neste domingo em uma vitória apertada sobre Aécio Neves, o homem forte da última década no estado em que ambos nasceram.
Minas Gerais deu um grande e decisivo empurrão para Dilma, em que venceu com 51,64% contra 48,36% de Aécio.
Já em Belo Horizonte, onde ambos nasceram, o ex-governador venceu.
O PT carimbou hoje uma vitória inédita no estado, em que elegeu no primeiro turno Fernando Pimentel, ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de Dilma.
Segundo colégio eleitoral do país com 15,2 milhões de eleitores, Minas Gerais foi governada duas vezes por Aécio Neves e outra por seu afilhado político, Antonio Anastasia, eleito senador.
Os candidatos também são rivais no futebol: ela torce para o Atlético Mineiro, ele para o Cruzeiro.
Dilma deixou Minas Gerais com pouco mais de 20 anos, depois de passar três deles presa por militar na resistência à ditadura militar.
Já Aécio pertence a uma família com tradição na política, cujo avô, Tancredo Neves, foi o primeiro presidente da redemocratização, eleito indiretamente, mas morreu antes de tomar posse e a presidência foi assumida pelo então vice-presidente José Sarney.
A importância de Minas Gerais para o PT foi destacada pelo ex-ministro de Saúde Alexandre Padilha, candidato derrotado ao governo de São Paulo, que a qualificou "fundamental" para a vitória nacional.
Minas Gerais teve historicamente um papel central formação política brasileira, primeiro com o líder independentista Tiradentes, no final do século XVIII; depois com o presidente desenvolvimentista Juscelino Kubitschek e depois como um dos pilares do movimento contra a ditadura (1964-1985).