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Dilma vai informar PMDB na 4ª sobre 7º ministério do partido

A presidente deve informar apenas amanhã ao partido qual será o 7º ministério que o PMDB poderá receber na reforma administrativa


	A presidente Dilma Rousseff
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

A presidente Dilma Rousseff (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 22h11.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff deve informar apenas na quarta-feira ao PMDB qual será o sétimo ministério que o partido poderá receber na reforma administrativa, mas até a noite desta terça não havia ainda qualquer definição, de acordo com fontes ligadas ao vice-presidente Michel Temer.

"Não tem nada definido. Amanhã a presidente vai chamar o PMDB para apresentar uma proposta", disse uma das fontes.

No início da noite de segunda-feira, Dilma chamou Temer para uma segunda conversa no dia, mas apenas para dizer que a decisão sobre a composição da reforma seria informada apenas na quarta.

No Palácio do Planalto as especulações são de que a presidente poderia oferecer ao partido o Ministério da Cultura, cujo titular hoje é o petista Juca Ferreira, ou o da Ciência e Tecnologia, nas mãos de Aldo Rebelo, do PcdoB, mas não há nenhuma definição.

Não se sabe também se a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados aceitaria uma das duas pastas.

Em entrevista, o líder do partido na Casa, Leonardo Picciani, disse apenas que seis ou sete ministérios estaria de acordo com o tamanho do seu partido. Picciani foi recebido de manhã pela presidente, que teria prometido uma solução em breve.

O PMDB tem, atualmente, seis ministérios.

Inicialmente, os deputados do partido miravam uma pasta com mais orçamento, na área de infraestrutura – de preferência a que uniria Portos e Aviação Civil, mas que não chegará a existir, já que Dilma decidiu deixar as duas pastas separadas para abrigar Eliseu Padilha e, em princípio, Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho, que perderá o cargo no Ministério da Pesca, a ser reincorporado à pasta da Agricultura.

Dilma também recebeu Helder no Palácio da Alvorada na tarde desta terça-feira, e informou ao ministro que sua pasta será realmente extinta, mas não deixou claro ainda qual será seu destino. A intenção inicial era levá-lo para uma estatal, mas Jader – que garantiu a lealdade do PMDB no Senado quando o presidente da Casa, Renan Calheiros, ameaçou se afastar do governo por conta das denúncias de seu envolvimento nas investigações da operação Lava Jato – quer garantir um ministério para o filho.

O xadrez do espaço peemebista no novo ministério tem emperrado o anúncio da reforma, prometido inicialmente para a semana passada. Depois da promessa de receber dois ministérios, a bancada do PMDB na Câmara passou a cobrar duas pastas para as quais pudesse indicar deputados com mandato.

Uma delas seria a Saúde, mas a presidente tentou encaixar aí o Turismo, já nas mãos de Henrique Eduardo Alves. O líder do PMDB na Câmara, no entanto, respondeu ao governo que a bancada não se sentia representada por Alves ou por Padilha, ambos ligados a Temer. Dilma viajou para os Estados Unidos sem finalizar as mudanças, e foi aconselhada a oferecer então mais uma pasta à Câmara para pacificar os ânimos.

A previsão é de que a presidente consiga acertar os nomes e os cargos na quarta-feira para anunciar tudo na quinta-feira. Dilma espera a sessão de votação dos vetos presidenciais, na manhã desta quarta, para finalizar a reforma. Na sexta-feira, a presidente tem uma viagem marcada para a Bahia e no domingo, embarca para a Colômbia em uma visita de Estado.

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