Dilma Rousseff: deputado do PSDB criticou o fato de Dilma ter usado rede nacional de rádio e de televisão por 16 vezes (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2013 às 17h04.
São Paulo - O presidente do Diretório Estadual do PSDB de São Paulo, deputado Duarte Nogueira, creditou nesta quinta-feira, 7, a vantagem que a presidente Dilma Rousseff registra nas pesquisas de intenção de voto, como na apurada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendada à MDA Pesquisa, ao "monopólio de aparição" exercido por ela.
"Hoje, existe um monopólio de aparição da presidente, tanto na imprensa quanto por um abuso", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, criticando o fato de Dilma ter usado rede nacional de rádio e de televisão por 16 vezes.
Nogueira aposta num crescimento consistente dos candidatos da oposição a partir das convenções partidárias e do início da publicidade eleitoral gratuita de televisão, em 2014, quando haverá "um equilíbrio no debate".
Nesta quinta-feira, a CNT divulgou, em parceria com a MDA, um levantamento de acordo com o qual a presidente tem 43,5% das intenções de voto, no cenário eleitoral mais provável para a campanha de 2014.
Nesse mesmo quadro, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tem 19,3% das intenções de voto; o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, marca 9,5%. Dilma soma mais votos que Aécio e Campos juntos e seria reeleita no primeiro turno nesse cenário, se o pleito fosse hoje.
"A presidente só se mantém nesse patamar pelo exíguo espaço de tempo da oposição. Os dois candidatos da oposição (Aécio e Campos) nunca disputaram uma eleição presidencial", disse o presidente do Diretório Estadual do PSDB de São Paulo e deputado.
"Só a partir de meados do ano que vem, com as convenções partidárias e, sobretudo, em agosto, vai se colocar o contraditório numa discussão menos desequilibrada", afirmou.
Nogueira afirmou ainda que o presidente nacional do PSDB e senador de Minas Gerais tem potencial de crescimento nas intenções de voto a ser explorada, o que não ocorre no caso de Dilma.
"Há um nível de desconhecimento ainda muito grande e a tendência dos candidatos da oposição é crescer", afirmou. "O Aécio tem um teto (de intenções de voto) bem acima das intenções que ele tem hoje, diferentemente da presidente Dilma", concluiu.