Dilma Rousseff: maior desaprovação em 27 anos de pesquisa CNI-Ibope (REUTERS/Mike Segar)
Raphael Martins
Publicado em 30 de setembro de 2015 às 12h34.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 13h22.
São Paulo – Dilma Rousseff é a presidente reeleita com maior queda de popularidade na transição de um mandato para o outro, segundo pesquisa CNI-Ibope divulgada hoje (30). Tanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram o segundo mandato com popularidade reduzida, mas Lula foi o que caiu menos.
A avaliação de Ótimo/Bom da presidente Dilma caiu de 40% em dezembro do ano passado para 12% em março de 2015. O menor resultado foi de 9% em junho. O tópico Ruim/Péssimo subiu de 27% para 64% entre dezembro e março.
Apesar de a queda de popularidade se mostrar como uma tendência pós-reeleição, seu antecessor, Lula, teve uma redução quase inexpressiva. O índice Ótimo/Bom desceu de 57% para 50%, enquanto a rejeição ficou na casa dos 20%.
FHC já enfrentou mais dificuldades: avaliação Ótimo/Bom caiu de 40% para 16%. Isso significa apenas 4 pontos percentuais de diferença para o deslize de Dilma Rousseff.
O problema é que Dilma não se recuperou. Neste mês, a presidente atingiu o pico de rejeição, com 69% de avaliação Ruim/Péssimo em seu governo. É o pior índice dos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope e da redemocratização.
Os 10% de Ótimo/Bom ficam muito próximo de sua pior marca e se assemelham ao de José Sarney em 1989.