O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado: substituição de chanceleres foi definida em meio à crise entre Bolívia e Brasil (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 11h37.
Brasília – A presidente Dilma Rousseff reuniu-se hoje (28), no Palácio da Alvorada, com o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado. O diplomata chegou pouco antes das 10h. Ele substitui Antonio Patriota, que ficou dois anos e oito meses na função e será o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos). O cargo era ocupado por Figueiredo Machado.
Ainda nesta manhã, Machado será empossado no cargo, em cerimônia no Salão Oeste do Palácio do Planalto. No Itamaraty, às 15h, Patriota transmitirá o cargo. A substituição de chanceleres foi definida anteontem (26) em meio à crise causada pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado por 455 dias na Embaixada do Brasil em La Paz (capital boliviana).
A saída do parlamentar boliviano foi organizada pelo diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios (equivalente a embaixador interino) na Bolívia. Porém, para setores do governo, como a decisão foi tomada aparentemente de forma pessoal, houve quebra de hierarquia.
O novo ministro das Relações Exteriores é diplomata de carreira e foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele se destacou pela habilidade e conquistou a confiança de Dilma pela disposição em negociar pacientemente com os que resistiam a acordos.
Especialista em temas ambientais e sustentáveis, Figueiredo Machado tem um currículo baseado em negociações referentes às mudanças climáticas, ao uso sustentável de recursos, à cooperação pacífica e a todos os assuntos relativos à qualidade de vida e aos meios.