Dilma Rousseff visitando o Reino Unido: no ano passado, Dilma fez um discurso em que defendeu o direito de haver um Estado da Palestina e apoio à oposição na Líbia (Paul Hackett/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 14h32.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff se prepara para abrir a sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no final de setembro, em Nova York, nos Estados Unidos. A exemplo do ano passado, Dilma ocupa um lugar de destaque, pois é a primeira mulher a discusar na abertura da reunião. Mas a agenda internacional de viagens da presidente incluem ainda visitas ao Peru, a Guiné Equatorial e à Espanha.
No ano passado, ao participar da Assembleia Geral da ONU, Dilma fez um discurso em que defendeu o direito de haver um Estado da Palestina, a paz no Oriente Médio e apoio à oposição na Líbia – na época a crise no país ainda estava no auge. A presidente também manteve reuniões com vários chefes de Estado e de Governo na ocasião.
Por enquanto, não há ainda confirmação que Dilma participará da cerimônia de posse do presidente eleito da República Dominicana, Danilo Medino, no próximo dia 16. É possível que ela envie representantes para a solenidade.
Na primeira semana de outubro, no Peru, a presidente participa da Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa) e tem reuniões com o presidente peruano, Ollanta Humala, que esteve no ano passado no Brasil, logo após ser eleito. A Aspa é um mecanismo de cooperação político com o objetivo de aproximar os líderes das duas regiões.
A Aspa foi proposta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e criada em 2005. O grupo é formado por 34 países sul-americanos e árabes. A Síria, que está em crise há 17 meses e sofre sanções internacionais, também faz parte da Aspa. O Brasil é o coordenador regional sul-americano do grupo. O intercâmbio comercial na região envolve US$ 30 bilhões, segundo dados de 2009.
Em Guiné Equatorial, na cidade de Malabo, Dilma deve participar da Cúpula América do Sul-África (ASA), em novembro. No final do ano passado, quando esteve em Malabo, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse a crise econômica internacional mostrou o potencial dos países fora do eixo Estados Unidos-Europa.
No Brasil, há 37 embaixadas de nações da África, o que o torna o país com o maior número de representações africanas na América do Sul. Além disso, há 33 embaixadas sul-americanas. A Cúpula América do Sul-Ásia representa quase um terço do território mundial e um quinto da população. Segundo Patriota, o intercâmbio entre as duas regiões só no ano passado totalizou US$ 32,2 bilhões.
De 16 a 17 de novembro há a 22ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Cádiz, na Espanha. Inicialmente, está prevista a participação de Dilma. Em discussão, os temas liberdade e democracia, ambos de interesse do governo brasileiro.