Dilma: "Fico preocupada quando querem acabar com o papel do BNDES", que oferece prazo mais longo e juros mais baixos e uma política industrial específica de apoio (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 14h35.
São Paulo - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) disse nesta terça-feira, 02, ter ficado "muito preocupada" com as propostas econômicas de sua adversária, Marina Silva (PSB).
"Fiquei muito preocupada com o programa da candidata Marina, porque ela reduz a pó a política industrial", disse a presidente antes de participar de uma caminhada em São Bernardo do Campo, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva.
Segundo Dilma, o programa de Marina "tira o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura". A presidente falou ainda que seu governo tem "todo empenho" com a indústria.
"Financiamos com juros menores o programa de sustentação do investimento, que é fundamentalmente um programa de compra de bens de capital", afirmou.
Dilma disse também que Marina é contra a política de conteúdo local "tanto para a indústria automobilística como para a indústria do petróleo".
"No caso da indústria automobilística, o que (Marina) se propõe é o fim do Inovar Auto (o Programa de Incentivo à Renovação Tecnológica que visa ampliar a competitividade da indústria automotiva nacional com a atração de investimentos) , que trouxe para o Brasil 12 grandes empresas", falou.
A presidente afirmou que também se preocupa com as propostas de acabar com o papel de financiamento do BNDES.
"Fico preocupada quando querem acabar com o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Sabe por que indústria e agricultura procuram o BNDES? Porque o BNDES oferece prazo mais longo e juros mais baixos e uma política industrial específica de apoio para aqueles setores que são importantes para a economia brasileira porque geram emprego", disse.
Dilma fez questão de reforçar que a condução de sua política econômica, que tem sido atacada por adversários, é reflexo de menos dias úteis, a seca e ainda a crise internacional.
"Tenho certeza de que o segundo semestre será melhor", disse. A presidente também fez questão de provocar o governo de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin.
Ela lembrou a recente inauguração do monotrilho e disse que a obra não seria possível sem aportes federais. Segundo Dilma, graças a condições como as do BNDES "é que é feita a viabilidade do monotrilho e Rodoanel. "