Brasília - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nessa terça-feira que as relações de seu país com o Brasil vão "muito bem" ao chegar no Palácio do Planalto para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Em um clima bastante descontraído, Biden fez esse comentário aos jornalistas presentes pouco depois de entrar no local por uma porta lateral, escoltado por uma dezena de membros do batalhão Dragões da Independência, e enquanto esperava o elevador.
O vice-presidente dos EUA, que ontem assistiu a vitória da seleção de seu país na cidade de Natal - 2 a 1 sobre Gana -, pretende aproveitar sua visita ao país para recompor a relação bilateral entre ambos os países, abalada após o escândalo de espionagem revelado pelo ex-analista da NSA Edward Snowden.
Biden manterá um breve encontro com Dilma e, na sequência, seguirá ao Palácio do Jaburú, a residência oficial do vice-presidente, para uma reunião de trabalho com Michel Temer.
Essa reunião com Temer encerrará oficialmente a visita de Biden ao país e, inicialmente, não está prevista nenhuma declaração conjunta, embora uma rápida entrevista coletiva não esteja descartada.
O objetivo dessa visita, segundo a Casa Branca, é "avançar na relação" bilateral, analisar a cooperação nas áreas de energia, economia e ciência e tecnologia, entre outras, e discutir a agenda política regional e global.
Essa visita de Biden representa o primeiro contato oficial e de alto nível entre ambos os governos desde meados de 2013, quando Snowden revelou o alcance da espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) no Brasil.
Segundo Snowden, agência de inteligência americana espionou as comunicações pessoais de Dilma, assim como as de vários de seus ministros e de inúmeras empresas, como a Petrobras.
Essas denúncias, que não foram negadas pelo governo dos EUA e nem pelo presidente Barack Obama, fizeram com que Dilma suspendesse uma visita de Estado que estava prevista para o final outubro.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)