Dilma Rousseff em coletiva de imprensa: na eleição, a presidente Dilma realizaria um ato único no qual compareceriam todos os pré-candidatos da sua base (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 19h17.
Brasília - Na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, a presidente Dilma Rousseff "não vai favorecer nenhum dos candidatos" que compõem a sua base de apoio. Isso mesmo com a candidatura própria do PT no estado com o senador Lindbergh Farias. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 12, pelo presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), que esteve reunido por mais de uma hora com o pré-candidato ao Palácio Guanabara, deputado federal Anthony Garotinho (PR).
Para resolver a situação no Estado, um dos mais problemáticos para o Planalto por reunir quatro pré-candidatos da base da presidente Dilma Rousseff, Falcão trouxe uma solução heterodoxa: na eleição, a presidente Dilma realizaria um ato único no qual compareceriam todos os pré-candidatos da sua base. A ideia - apoiada por Garotinho - evitaria a realização de diversos eventos individuais que exigiriam a presença de Dilma. "O melhor é que todos compareçam aos atos que a presidente realizar, e não fazer quatro atos", disse o deputado federal pelo PR. "Isso não existe".
Perguntado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, se seria viável reunir em um mesmo ato candidatos estaduais opositores, Garotinho respondeu que essa solução seria a melhor por motivos "operacionais". "Estamos numa época de civilidade, né?".
Além de Garotinho e de Lindbergh, também devem brigar pelo governo do Rio o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB). Segundo Falcão, Garotinho "reafirmou apoio total a Dilma". O ex-governador, por sua vez, disse desejar "reciprocidade" da presidente no palanque estadual.