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Dilma propõe aumentar responsabilidade da União na segurança

A candidata do PT à reeleição defendeu uma mudança na Constituição Federal para ampliar a participação da União nas políticas de segurança pública


	Dilma Rousseff: atualmente, a União tem papel complementar, auxiliando os estados
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: atualmente, a União tem papel complementar, auxiliando os estados (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 14h50.

Brasília - A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, defendeu hoje (17), em Santa Catarina, uma mudança na Constituição Federal para ampliar a participação da União nas políticas de segurança pública.

Atualmente, a União tem papel complementar, auxiliando os estados.

“A União tem que participar de forma integrada com os estados. O crime age de forma coordenada, não é desintegrado”, afirmou Dilma, em discurso durante encontro com prefeitos catarinenses. “É fundamental termos ações articuladas, não uma ação fragmentada, que faz com o que crime organizado nos derrote”, acrescentou a candidata, em entrevista após o evento.

Dilma citou operações conjuntas nas fronteiras e a atuação das forças de segurança durante a Copa do Mundo como exemplos bem-sucedidos de integração de polícias. “A Copa do Mundo mostrou que a integração entre as polícias e as forças de segurança nacional é efetiva no combate ao crime organizado.” A candidata prometeu levar para os 15 estados que não sediaram jogos da Copa os centros de comando e controle instalados nas 12 cidades-sede do Mundial para coordenar ações de segurança.

Perguntada sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir os candidatos de usar a propaganda eleitoral gratuita para ataques, Dilma disse que tem propostas concretas a debater com seu adversário, Aécio Neves (PSDB). "Não estou tomando esse rumo [de ataques], fui levada a asse rumo", afirmou.

A candidata disse que os debates seriam melhores se fossem propositivos. "Tenho um conjunto de propostas a fazer, algumas delas existem na realidade, como o Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], o Minha Casa, Minha Vida, o ProUni [Programa Universidade para Todos], o Bolsa Família e tantos outras, que são concretas, que podem ser aferidas. Agora, não posso me furtar ao debate que vier, não posso usar de um artifício e fugir das discussões”, enfatizou.

Dilma voltou a defender a política econômica dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu, comparando-a com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ela, teve resultados piores na inflação, na taxa de juros e no índice de desemprego. “Temos diante de nós dois projetos: um que já governou o país e outro que governa; não estamos aqui comparando abstrações, estamos comparando o que de concreto ocorreu no Brasil”, disse ela. “E o Brasil de hoje é forte porque distribuiu renda, é predominantemente um país de classe média.”

Dilma também defendeu as respostas do Brasil à crise econômica internacional, que não levaram, segundo ela, à redução de empregos, salários e investimentos. “Com essa tríade, recuperamos o crescimento da economia. E podem ter certeza de que o Brasil, nos próximos anos, irá crescer a taxas significativas, podem ter certeza.”

De Santa Catarina, a candidata segue para a capital paranaense, Curitiba, onde fará uma caminhada.

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