Dilma Rousseff: a sessão já dura cerca de nove horas, descontando os dois intervalos para almoço e janta (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 21h38.
Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff pediu a uma de suas maiores aliadas no Congresso, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), para tentar antecipar o término do interrogatório desta segunda-feira, 29.
A sessão já dura cerca de nove horas, descontando os dois intervalos para almoço e janta, e Dilma afirmou que está ficando sem voz.
Em sua resposta aos parlamentares, já é possível perceber a rouquidão na voz da presidente afastada.
Ela pediu para Kátia negociar a redução de oito inscritos, quatro entre os seus aliados e quatro entre os governistas. Dilma já respondeu 35 parlamentares e ainda há outros 16 inscritos. A diminuição de senadores reduziria esse número pela metade.
Depois dos senadores, os advogados da defesa, José Eduardo Cardozo, e da acusação, a professora Janaína Paschoal, também terão cinco minutos cada para fazerem questionamentos.
Voz
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, pediu silêncio aos parlamentares e servidores do Senado para minimizar o esforço de Dilma.
"Como todos podem perceber, a presidente está ficando sem voz", declarou. Lewandowski chegou a sugerir um intervalo para que a presidente afastada pudesse se recuperar, porém ela optou por dar sequência ao interrogatório.
"Prefiro continuar, pois daqui a meia hora eu perderei a voz. É algo inexorável", respondeu. Para tentar amenizar a situação, o presidente do STF pediu a auxiliares que providenciassem um chá para Dilma e que diminuíssem a intensidade do ar condicionado no plenário.
A presidente afastada pediu a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para tentar antecipar o término do interrogatório. A sessão já dura cerca de nove horas, descontando os dois intervalos para almoço e janta, e Dilma tem receio de não conseguir responder todas as perguntas. Ela pediu para Kátia negociar a redução de oito inscritos, quatro entre os seus aliados e quatro entre os governistas.
Dilma já respondeu 36 parlamentares e ainda há outros 15 inscritos. Depois dos senadores, os advogados da defesa, José Eduardo Cardozo, e da acusação, a professora Janaína Paschoal, também terão cinco minutos cada para fazerem questionamentos.