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Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 16h00.
Brasília - O Brasil já tem seu embaixador honorário para a Copa do Mundo de 2014, é Edson Arantes do Nascimento, o ex-jogador de Futebol Pelé. Hoje (26), ele esteve no Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidenta da República, Dilma Rousseff. A presidenta assinou um decreto criando o título de embaixador honorário e o entregou a Pelé, que terá entre suas funções divulgar a imagem da Copa do Mundo no Brasil no exterior.
"Eu não poderia deixar de aceitar este convite da nossa presidenta. Como brasileiro, vocês sabem que eu já faço isso desde que nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande, mas eu não poderia deixar de aceitar", disse Pelé.
O ex-jogador, considerado o rei do futebol, também falou sobre a organização do evento esportivo e disse que chegou a ficar preocupado com o andamento das obras, mas enfatizou que não se pode "deixar de acreditar". “Eu gostaria de pedir para todo o povo brasileiro que acreditasse, porque estava meio confuso, meio em dúvida com alguns problemas que nós tivemos aqui, mas que podemos acreditar, porque a presidenta disse que vai fazer todo o esforço, e espero que a gente entregue bem esta Copa do Mundo. Agora, esta administração será feita com 190 milhões de brasileiros e todos ficaremos orgulhosos de entregar bem esta Copa”, disse o ex-jogador.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, que também participou da reunião, disse que, apesar do cargo não conferir nenhum poder executivo, Pelé terá a função de orientar o governo e até representar o Brasil no exterior. "A presidenta assinou um decreto criando o titulo de embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e convidou Pelé para assumir a função. Pelé, com a experiência que tem, pode colaborar, dando orientações para o governo, com interlocução no Brasil e no exterior. Não cabe a Pelé atividades executivas", disse o ministro.
"É uma homenagem a Pelé por tudo que ele fez e faz pelo esporte, pelo Brasil. Ela [Dilma Rousseff] acredita que pela força da imagem de Pelé, pela história de Pelé, um homem que viveu dez copas, a presidenta acredita que seria a melhor face da Copa do Mundo de 2014 e este título tem um pouco desse sentido", completou.
O ex-jogador também comentou o mau desempenho do Brasil na Copa América e o renascimento do futebol no Uruguai, que venceu o torneio na Argentina e vem obtendo excelentes resultados nas últimas competições internacionais. Para Pelé, uma final entre o Brasil e o Uruguai, em 2014, seria uma “revanche” da Copa de 1950, quando o escrete nacional perdeu de 2 a 1, no que é considerado o maior trauma do futebol brasileiro, e lançou o desafio: “Não temo, e acho que devia ter esta revanche para a gente ganhar".