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Dilma me deixou à vontade e só pediu lealdade, diz Lopes

Segundo o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, o convite já havia sido feito há cerca de um mês e teve apoio da maioria da bancada do PMDB


	Mauro Lopes: "Eu senti nela uma tranquilidade. Me deu total liberdade", disse o novo ministro sobre a presidente Dilma
 (Saulo Cruz/ Câmara dos Deputados)

Mauro Lopes: "Eu senti nela uma tranquilidade. Me deu total liberdade", disse o novo ministro sobre a presidente Dilma (Saulo Cruz/ Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 16h48.

Brasília - Novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) disse hoje (16) que recebeu total apoio do partido para assumir a pasta e que a decisão não contraria a determinação da convenção do PMDB, no sábado (12), proibindo membros do partido de assumir cargos no governo federal nos próximos 30 dias.

Segundo Lopes, o convite já havia sido feito há cerca de um mês e teve apoio da maioria da bancada do PMDB na Câmara e dos seis ministros da sigla.

“Fiquei até emocionado. Apareceram mais de 30 deputados [me cumprimentando]. Um coisa impressionante”, informou Lopes, logo após a confirmação de sua nomeação.

Mauro Lopes afirmou que conversou com a presidente Dilma antes do anúncio de sua nomeação e que, na ocasião, ela o deixou à vontade e não fez nenhum tipo de apelo para que ele intercedesse para o partido se manter na base aliada.

Segundo o novo ministro, Dilma lhe deu total liberdade para comandar a pasta e só  fez um pedido de lealdade. “Eu senti nela uma tranquilidade. Me deu total liberdade. Não falou nada, nem fez pedido para manter a bancada apoiando o governo.”

O novo ministro, que também ocupa a função de secretário-geral do PMDB, também disse contar com bastante consideração do PMDB e que mais de 90% do partido se manifestaram favoráveis à nomeação.

“[O PMDB me conhece, sabe da minha lealdade com o partido, sabe da minha honradez e que não pratiquei nenhum ato que viesse confrontar com a determinação, pois já fui convidado há mais de um mês”, esclareceu.

“Tanto é que quando quiseram fazer a posse imediata, pedi ao Jaques Wagner [então ministro-chefe da Casa Civil] para que deixasse a posse para depois da convenção, pois, como secretário-geral, tinha como principal tarefa organizar a convenção”, acrescentou.

Apesar de ter aceitado o cargo, Lopes ainda terá de passar pela aprovação da Comissão de Ética do PMDB, que analisará, na sexta-feira (18), se ele desobedeceu ou não a determinação do partido.

Caso permaneça no comando da pasta, Mauro Lopes enfrentará pelo menos dois grandes desafios nos próximos meses: tocar a proposta do governo de elevação de 20% para 49% no limite de participação de capital estrangeiro nas empresas de aviação e coordenar a malha viária durante a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

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