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Dilma mantém Lupi e pede informações à Comissão de Ética

A presidente quer verificar todas as informações sobre os elementos que motivaram o órgão a recomendar a demissão do ministro do Trabalho

Na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo, há a informação de que Lupi ocupou, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos (Wilson Dias/ABr)

Na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo, há a informação de que Lupi ocupou, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 14h06.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff pediu à Comissão de Ética Pública da Presidência da República informações sobre os elementos que motivaram o órgão a recomendar a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A decisão foi tomada depois que Dilma se reuniu, no começo da manhã de hoje (1º), com Lupi. A ministra-chefe da Comunicação da Presidência, Helena Chagas, informou que Lupi será mantido no cargo.

A ministra acrescentou ainda que Lupi disse à Dilma que vai apelar à comissão para que reconsidere a recomendação de demissão. Ao ser questionada sobre a reação da presidente em relação à recomendação, a ministra definiu: “[Dilma] reagiu com naturalidade, mas ela quer se aprofundar [na análise]”.

Na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo há a informação de que Lupi ocupou, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos – na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Helena Chagas disse ainda que o ministrou se comprometeu a prestar explicações sobre o assunto a Dilma.

Segundo a ministra, Dilma quer verificar pessoalmente todos os elementos, analisados pelos conselheiros da comissão na reunião de ontem (30) que levou à recomendação da demissão. Ela também quer ter em mãos a ata com as observações feitas durante o encontro.

A recomendação da comissão foi tomada por unanimidade. A decisão se baseou em reportagens sobre um suposto esquema de favorecimento e cobrança de propinas no Ministério do Trabalho, além do uso irregular de um jatinho alugado pelo empresário Adair Meira, durante viagem ao Maranhão. O empresário é responsável por organizações não governamentais que mantêm convênio com o Ministério do Trabalho.

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